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Petrobras faz acordo com Seadrill e corta taxa diária por sonda em operação em Libra

Publicado 23.03.2016, 14:16
© Reuters.  Petrobras faz acordo com Seadrill e corta taxa diária por sonda em operação em Libra
PBR
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) concluiu a renegociação do contrato de uma sonda em operação na área gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, com a Seadrill, em um esforço contínuo para reduzir custos em meio a previsões de baixos preços do petróleo por um longo período.

A Seadrill, uma das maiores empresas de perfuração em mar do mundo, informou em nota nesta quarta-feira que aceitou reduzir as taxas diárias de afretamento cobradas pela sonda West Tellus, garantindo uma extensão do prazo do contrato.

No acordo, a Seadrill se comprometeu em reduzir a taxa diária paga pelo consórcio liderado pela Petrobras a partir de 26 de fevereiro, no atual contrato, resultando em uma redução de 132 milhões de dólares.

Em troca, a Petrobras concedeu uma extensão de 18 meses no contrato da sonda no valor de 164 milhões de dólares, com início a partir de abril de 2018.

Com isso, o efeito líquido total no contrato é de um aumento de 32 milhões de dólares, segundo a Seadrill.

O acordo derrubou as ações da Seadrill. Nos últimos 12 meses até o fechamento de terça-feira, as ações da fornecedora acumularam perdas de quase 64 por cento.

A renegociação com a Seadrill faz parte de uma segunda onda de renegociação de contratos colocada em curso pela diretoria de exploração e produção da empresa neste ano.

Em 2015, a área conseguiu reduzir em 13 por cento contratos renegociados.

Em conversa com jornalistas nesta semana, a diretora de Exploração e Produção da empresa, Solange Guedes, evitou citar um preço de equilíbrio para as áreas do pré-sal, frisando que a empresa está em busca da redução de custos dos projetos.

A Petrobras calcula que cerca de 50 por cento dos investimentos no pré-sal são voltados para a construção e avaliação de poços.

ÁREA PROMISSORA

Libra é considerada pelo governo brasileiro como a área exploratória mais promissora do país, podendo conter de 8 bilhões a 12 bilhões de barris em reservas recuperáveis. A declaração de comercialidade da área é esperada para o ano que vem, quando ocorrerá um teste de longa duração. A operação comercial está prevista para 2020.

Nesta semana, a Petrobras anunciou que concluiu a perfuração e a avaliação de um novo poço no campo de Libra, encontrando a maior coluna de óleo descoberta pelo consórcio até o momento, com 301 metros de espessura.

Além da sonda West Tellus, também está em operação na área a sonda West Carina.

Até o momento, foram concluídas as perfurações de seis poços em Libra e um sétimo poço está em perfuração.

A Petrobras é operadora de Libra, com fatia 40 por cento, e tem como sócias a francesa Total e a anglo-holandesa Shell, com 20 por cento cada, além das chinesas CNPC e CNOOC, cada uma com 10 por cento.

(Com reportagem adicional de Gwladys Fouche)

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