PARIS (Reuters) - Funcionários franceses do setor de energia que protestam contra a reforma previdenciária do presidente Emmanuel Macron cortaram a energia para o maior mercado atacadista de alimentos frescos do mundo, o Rungis, perto de Paris, nesta terça-feira, informou o braço do setor de energia da central sindical CGT.
Uma porta-voz do Mercado Internacional de Rungis disse que a energia de emergência foi acionada quando a interrupção começou, e que não houve paralisação no comércio. O corte de energia durou 90 minutos.
"A fonte de energia de Rungis foi cortada esta manhã", escreveu a filial local do CGT no Facebook.
A falta de energia também interrompeu os serviços do ônibus Orlyval, que serve Orly, o segundo aeroporto mais movimentado da capital francesa.
O corte dos suprimentos de energia ressalta a crescente determinação dos sindicatos de esquerda da França de recorrer a ações brutais, depois que uma onda de greves e protestos de rua desde o início de dezembro fracassou em forçar Macron a recuar na reforma do sistema de pensões.
Macron quer otimizar o sistema previdenciário bizantino da França e oferecer incentivos para que as pessoas permaneçam no trabalho por mais tempo para pagar um dos benefícios de aposentadoria mais generosos do mundo.
(Reportagem de Sudip Kar-Gupta, Nicolas Delame e Matthieu Protard)