Money Times - O lucro líquido da Lojas Renner (SA:LREN3) avançou 41,9% e chegou a R$ 274,7 milhões no segundo trimestre, ressaltou a empresa em um relatório enviado ao mercado na noite de quinta-feira (26). O número ficou 22% acima do esperado pelo banco Safra.
Contribuiu para o aumento do resultado a menor alíquota efetiva de Imposto de Renda, consequência do reconhecimento de R$ 41,6 milhões por conta da dedutibilidade fiscal dos valores considerados subvenção para investimentos.
O Ebitda avançou 13,4% em comparação a um ano antes e atingiu R$ 434,2 milhões.
A receita líquida subiu 9,2% e ficou em R$ 1,780 bilhão. Segundo a empresa, as vendas tiveram um bom desempenho, mesmo com as temperaturas mais elevadas que o usual. A margem líquida passou de 11,9% no 2º trimestre do ano anterior para 15,4%.
As vendas em mesmas lojas (abertas há no mínimo 12 meses) sofreram o impacto da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo e avançaram 2,5%. Excluindo o efeito da greve, as vendas teriam atingido 5%. Ajudou também o controle das despesas com vendas (8,4%), que cresceram menos do que as receitas.
As Despesas com Vendas registraram crescimento menor que a receita. Já as Despesas Gerais e Administrativas aumentaram, em razão de reforços nas estruturas das principais áreas da Companhia, para garantir a competitividade do negócio. As despesas operacionais por m² cresceram 1,3%, abaixo do aumento da inflação do últimos doze meses de 4,4%.
Avaliações
“Destacamos o forte controle de custos nas despesas com vendas que melhorou ligeiramente apesar das vendas em mesmas lojas terem crescido apenas 2,5%. Esperamos, portanto, uma reação positiva do mercado sobre os resultados e, provavelmente, uma taxa de imposto de renda menor no futuro”, destaca o analista Marcio Osako do Safra. A recomendação é neutra e o preço-alvo é de R$ 38,50.
“Embora os resultados da divisão de varejo e de financiamento ao consumidor tenham sido ligeiramente inferiores às nossas estimativas, destacamos a melhora na lucratividade da Lojas Renner, uma proxy de sua execução premium em tempos difíceis para varejistas de vestuário, corroborando nossa visão otimista sobre o caso de investimento”, apontam os analistas Fabio Monteiro e Luiz Guanais da BTG Pactual (SA:BPAC11). Eles têm recomendação de compra e preço-alvo de R$ 35.