Denver (EUA), 3 out (EFE).- O aspirante republicano à Casa Branca, Mitt Romney, afirmou nesta quarta-feira que o nível de endividamento dos Estados Unidos "simplesmente não é moral", enquanto o presidente Barack Obama criticou o plano de seu rival para reduzir esse elevado déficit.
Obama "prefere aumentar os impostos", afirmou Romney durante o primeiro debate televisivo entre os dois na Universidade de Denver, acrescentando que o problema com a receita do atual presidente para reduzir o déficit é que ela "desacelera o crescimento".
O presidente "já disse que reduziria o déficit à metade, mas não fez o trabalho", ressaltou Romney em referência à avultada dívida dos EUA, que agora alcança US$ 16 trilhões.
Por sua parte, Obama disse que "a matemática e o bom senso" mostram que a proposta de Romney não é uma receita para criar empregos nem para reduzir o déficit sem fazer "cortes drásticos" na educação e aumentar a "carga" da classe média.
"Se acham que podemos cortar US$ 5 trilhões em impostos, acrescentar US$ 2 trilhões em despesas adicionais que o Exército não solicitou e oferecer deduções aos americanos mais privilegiados, então o plano do governador Romney pode funcionar para vocês", ironizou Obama.
O presidente afirmou também que as políticas de Romney já foram testadas anteriormente, em 2001 e 2003, e levaram ao ritmo de criação de empregos mais lento em 50 anos, culminando ainda com "a pior crise financeira desde a Grande Depressão".
Obama insistiu durante a campanha que herdou um desastre econômico e precisaria de um segundo mandato para alcançar a plena recuperação econômica.
Enquanto isso, Romney se apoiou em sua trajetória como governador de Massachusetts e como líder empresarial durante 25 anos, e assegura que sabe como regular e capitanear a economia. EFE
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