(Reuters) - A CPI da Petrobras (SA:PETR4) aprovou na madrugada de quinta-feira o parecer do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que isenta de responsabilidade pelas irregularidades na Petrobras políticos suspeitos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli.
O relatório, aprovado por 17 votos a favor, 9 contra e uma abstenção, não faz menção a políticos investigados por suposto recebimento de propina e não pede indiciamentos. O texto, no entanto, lista sugestões de indiciamentos apresentadas pelos quatro sub-relatores da CPI.
O relator da comissão nega em seu texto a existência de "corrupção institucionalizada" na Petrobras, segundo informou a Agência Câmara em seu site. Criticou também a conclusão da operação Lava Jato de que teria havido pagamento de propina disfarçado de doações oficiais a partidos políticos.
A bancada do PSDB queria responsabilizar Lula, Dilma (que foi presidente do Conselho Administrativo da estatal), Gabrielli e a ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster.
O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) chegou a apresentar relatório alternativo, no qual afirmou, segundo a agência, que a gestão corporativa da Petrobras após o ano de 2003 foi colocada à disposição de um projeto de poder do PT "e, por consequência, do Palácio do Planalto, onde ambos se locupletaram".
Luiz Sérgio, no entanto, argumentou que não há, nos depoimentos da Lava Jato, qualquer menção sobre o envolvimento de Gabrielli e Graça Foster e Dilma.
"Reitero ainda que não há, nos autos desta CPI, qualquer evidência nesse sentido ou ainda em relação ao ex-presidente Lula ou à presidente Dilma", disse.