RIO DE JANEIRO (Reuters) - O controlador da Rossi Residencial tem conduzido estudos sobre oportunidades de negócios para a empresa, que podem ou não incluir um aumento do seu capital social, por meio de conversas com investidores, entre eles o fundo Cerberus.
"Nesse sentido, não há qualquer decisão sobre a realização de eventual operação envolvendo a companhia e tampouco qualquer documento assinado e vinculante", disse a Rossi em fato relevante nesta quinta-feira.
Um possível aumento de capital ocorreria na esteira da concorrente PDG, que anunciou na semana passada um acordo com a administradora de recursos Vinci Partners para aumento de capital privado entre 300 milhões e 500 milhões de reais.
A operação está dentro dos planos da PDG de alongar o perfil de sua dívida e reforçar o capital de giro.
A Rossi teve um prejuízo líquido de 361,4 milhões de reais no quarto trimestre, ante lucro de 2,5 milhões de reais um ano antes.
A receita líquida caiu 57,7 por cento, a 220,7 milhões de reais, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em 136,8 milhões de reais, ante 85,1 milhões de reais um ano antes.
A empresa disse em seu relatório de resultados que iniciou 2015 com um cenário "ainda mais desafiador", levando-a a manter o foco nos esforços para elevação do potencial de repasse e geração de caixa, dando continuidade à redução do endividamento.
A dívida líquida da Rossi foi de 1,947 bilhão de reais no quarto trimestre, queda de 10,4 por cento ante o terceiro trimestre.
(Por Juliana Schincariol; edição de Aluísio Alves e Luciana Bruno)