Por Adama Diarra e Emma Farge
BAMAKO (Reuters) - Supostos militantes islâmicos atacaram um hotel no centro do Mali usado por funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), mataram pelo menos seis pessoas, fizeram outras reféns e levaram soldados a cercar o prédio nesta sexta-feira, disseram residentes e fontes militares.
Um russo e um ucraniano estavam entre os reféns mantidos dentro do Byblos Hotel, disseram autoridades desses países. Havia até oito outros reféns, e cidadãos sul-africanos e franceses também estavam hospedados lá, segundo autoridades do governo.
O ataque, bem ao sul dos redutos militantes islâmicos no deserto, salienta a ameaça representada por remanescentes de uma insurgência ligada à Al Qaeda que parece estar aumentando sua campanha contra tropas do Mali e funcionários da ONU.
Fumaça saía do hotel e disparos de armamentos pesados podiam ser ouvidos durante a tarde, à medida que forças do governo tentavam lidar com os agressores, que invadiram o prédio perto do aeroporto de Sevare, cerca de 600 quilômetros a nordeste da capital, Bamako.
O corpo de uma vítima branca e de sexo masculino era visível na frente do hotel, disse uma testemunha. Cinco soldados do Mali foram mortos nos confrontos, disse o porta-voz do Exército, coronel Souleymane Maiga. Três agressores, um preso a explosivos, também morreram.
O tiroteio minguou no começo da noite (horário local) e soldados cercaram o prédio.
"Os homens armados recuaram para dentro do hotel e fizeram reféns lá dentro", disse Maiga. "O Exército está no local e estamos buscando uma solução que vai preservar a vida humana."
Uma operação militar lidera pelos franceses em 2013 expulsou combatentes islâmicos de cidades que haviam tomado um ano antes no deserto ao norte do país.