Mercedes Álvarez.
Paris, 3 jul (EFE).-. Os vestidos de princesa da grife Elie Saab, as calças jeans de Martin Margiela, os damascos de Valentino e os casacos de trovadores medievais de Franck Sorbier definiram nesta quarta-feira o tom do penúltimo dia da semana de alta costura de Paris.
O costureiro libanês Elie Saab esbanjou pedrarias e lantejoulas em uma coleção de alta costura outono-inverno que, sob o título "Cérémonie royale" ("Cerimônia real"), recordou o imaginário das princesas.
Os vestidos monocromáticos desceram longos com cadência ligeira sob um cinto fino, se abriram nas costas se ajustando no pescoço ou arrastaram a caudas no chão.
A musselina, o tule e o georgette refletiram a seda sob bordados de flor e em detalhes geométricos nas partes destacadas das prendas.
Alças finas se alargaram com a força da gravidade em sutiãs de forma singela, com decotes em "v" ou desapareceram em vestidos tomara-que-caia.
A Maison Martin Margiela se atreveu a desfilar em jeans em sua segunda coleção como membro permanente do clube da alta costura de Paris, em que anulou a personalidade das modelos com máscaras que tapavam todo o rosto.
As botas com esporas apareceram em alguns looks de corte urbano atual, que deram passagem a uma explosão de flores, em bordados de inspiração oriental e em reconstruções a tamanho real que pendiam sob dos jaquetões.
O damasco e os tecidos ingleses conviveram em combinações originais em modelos em tons cobre e terra.
Vários vestidos vieram curtos na frente e longos atrás em cortes geométricos, enquanto as camadas e as peles foram referências medievais, em uma coleção na qual destacaram os bordados.
Franck Sorbier relembrou a Baixa Idade Média nos jardins da Embaixada da Suíça, junto à esplanada dos Inválidos.
Trovadores, menestréis, donzelas, cavaleiros, escudeiros e pajens se fizeram presentes em uma coleção que retomou as flores da caligrafia dos amanuenses nos brocados e trabalhou os cortes de prendas do passado. EFE
mas/tr