SÃO PAULO (Reuters) - O novo terminal graneleiro Tegram, no complexo portuário de São Luís (MA), despacha nesta terça-feira seu primeiro navio carregado com soja, abrindo efetivamente um novo corredor de exportação da produção de grãos do país.
O navio Scythia Graeca, contratado para a norte-americana CHS, está carregado e deve desatracar do cais assim que procedimentos burocráticos forem concluídos, após cerca de sete dias de carregamento, informou o porta-voz do consórcio que opera o Tegram.
Em geral, um navio do tipo panamax, o mais usado no transporte de grãos no Brasil, é carregado em três dias.
"A parte operacional está satisfatória", disse o executivo Luiz Claudio dos Santos, ressaltando que o primeiro carregamento ocorreu em caráter de teste e para ajustes.
Já há um segundo navio esperando para atracar no dia 20, também para carregar soja, desta vez para a Louis Dreyfus[AKIRAU.UL], segundo dados da agência marítima Williams
O consórcio que opera o terminal --que agrega empresas como Glencore (LONDON:GLEN), Amaggi, Louis Dreyfus, CGG Trading, CHS e NovaAgri (da Toyota Tsusho)-- projeta exportar até 2 milhões de toneladas de grãos pelo Tegram este ano.
Quando a capacidade operacional da primeira fase do projeto for atingida, serão 5 milhões de toneladas anuais.
"Nós poderemos chegar a esse volume de 2 milhões agora com um pouco de soja e com um pouco de milho no segundo semestre", disse Santos.
O Tegram opera ao lado de um terminal da grãos da mineradora Vale e deverá receber boa parte de suas cargas por meio da ferrovia Norte-Sul.
O Brasil está chegando à fase final da colheita da safra 2014/15 de soja, com volume recorde, e já planta a segunda safra de milho, que será colhida e escoada a partir da metade do ano.
(Por Gustavo Bonato)