Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O Santander Brasil (SA:SANB11) apresentou números positivos no 3T21, com o lucro líquido em R$ 4,3 bilhões acima das expectativas do mercado. O resultado tem como base o aumento da margem bruta, devido a spreads ligeiramente maiores e aumento nas receitas com serviços. Porém, a inadimplência está subindo, o que prejudica parte das provisões totais e liga um sinal de alerta para o ano que vem, segundo a Ativa Investimentos.
A carteira de crédito cresceu 13% no comparativo com o 3T20. Para a XP (NASDAQ:XP), apesar de impulsionar a lucratividade do Santander, a mudança no mix reduz a qualidade da sua carteira, o que é negativo considerando um cenário de maior taxa de inadimplência no futuro.
O índice de inadimplência total acima de 90 dias apresentou alta de 0,37 p.p. na comparação anual, enquanto o índice de cobertura atingiu 248% no trimestre, queda de 58,8 p.p. em função do crescimento da inadimplência. Apesar do impacto positivo no curto prazo, a XP acredita que o Santander poderá ter que aumentar as provisões no futuro para acompanhar a alta nas taxas de inadimplência, prejudicando a rentabilidade de forma geral.
Considerando o balanço trimestral, o Safra acredita que o Santander está bem posicionado para entregar a maior rentabilidade em 2021 entre os bancos no país, com ROAE de 20,8%. Porém, destaca que o papel está negociando atualmente a P/L de 7,6x e P/VPA de 1,6x estimados para 2022, um pouco acima da média dos grandes bancos.
O Safra mantém a sua recomendação de compra do Santander, com preço-alvo em R$ 51. Já a Ativa prefere players mais conservadores no setor, por isso tem uma indicação neutra para o banco, com preço-alvo em R$ 45. A XP, por outro lado, recomenda venda, com preço-alvo em R$ 36.