Por Daina Beth Solomon
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Um sindicato no México disse nesta segunda-feira que pedirá ao governo dos Estados Unidos investigação sobre supostos abusos de direitos dos trabalhadores de uma fábrica da Panasonic. Em petição às autoridades trabalhistas dos EUA, o sindicato mexicano Snitis disse que uma fábrica da Panasonic na cidade de Reynosa violou o Acordo Estados Unidos-México-Canadá, de 2020, ao assinar um contrato sindical sem o conhecimento dos trabalhadores e demitir dezenas de funcionários que protestaram.
"É importante manter o governo dos EUA informado de que os direitos dos trabalhadores estão sendo violados", disse Rosario Moreno, líder no Snitis, sindicato que surgiu da insatisfação dos trabalhadores com grupos tradicionais de Tamaulipas.
"Eles (trabalhadores) receberam um contrato que nem sabiam", disse Moreno sobre o acordo da Panasonic com o sindicato rival Siamarm.
Questionada sobre os supostos abusos, a Panasonic afirmou estar comprometida em cumprir as leis trabalhistas do México e o processo de negociação coletiva e tem "o maior interesse" em garantir que a disputa não afete a liberdade dos funcionários de negociar coletivamente.
A empresa também disse que a disputa foi entre Snitis e Siamarm e "não envolve diretamente a Panasonic".
A Panasonic quanto e o conselho trabalhista de Tamaulipas, onde o contrato foi registrado, disseram que o acordo é legal.
O Departamento do Trabalho dos EUA não respondeu imediatamente quando perguntado sobre a Panasonic.
A disputa na Panasonic, cuja fábrica em Reynosa emprega cerca de 1.900 pessoas e produz sistemas de áudio e exibição para carros, principalmente para exportação aos EUA e Canadá, surgiu de uma votação no ano passado em que os trabalhadores rejeitaram um contrato sindical.
(Por Daina Beth Solomon)