(Reuters) - O S&P 500 entrou em território negativo no acumulado do ano nesta sexta-feira, com sua maior queda diária em 10 meses, após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia pegar os operadores desprevenidos.
O índice Dow Jones caiu 3,39 por cento, a 17.400 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 3,59 por cento, a 2.037 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 4,12 por cento, a 4.707 pontos.
A libra tocou mínima de 30 anos ante o dólar e os mercados acionários caíram acentuadamente em todo o mundo, por temores de que a decisão possa afetar investimentos e levar a muitos meses de incertezas políticas e econômicas.
"Esperamos investimentos mais fracos e, portanto, crescimento econômico mais lento persistindo durante os dois ou três anos de negociações para deixar a União Europeia", disseram economistas do Deutsche Bank em nota nesta sexta-feira.
Os mercados acionários futuros se aproximaram de máximas de 11 meses após o fechamento da sessão regular da véspera, com os mercados apostando erroneamente que a opção de permanência prevaleceria no referendo britânico. No entanto, houve uma venda generalizada conforme os resultados mostraram o contrário, disparando inclusive uma interrupção técnica para tentar conter a volatilidade.
A queda durante o horário regular do mercado pareceu mais organizada, mas o índice do setor financeiro do S&P 500 teve sua maior queda percentual desde novembro de 2011, caindo 5,4 por cento. O S&P 500 perdeu todos os ganhos do ano e sofreu a maior queda desde agosto do ano passado.
O S&P 500 e o Dow Jones registraram quedas semanais de 1,6 por cento cada, as maiores desde fevereiro. A baixa semanal de 1,9 por cento do Nasdaq foi marginalmente menor que a da semana passada.
(Por Rodrigo Campos)