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Brent sobe 5% após tocar máxima desde 2014

Publicado 02.03.2022, 08:35
Atualizado 02.03.2022, 08:41
© Reuters. Barris de óleo lubrificante na Indonésia
 6/11/2017
Rosa Panggabean/REUTERS
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Por Noah Browning

LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo dispararam nesta quarta-feira, com o aumento dos temores de interrupção do fornecimento após pesadas sanções aos bancos russos em meio ao conflito na Ucrânia, enquanto os comerciantes lutavam para buscar fontes alternativas do produto em um mercado já apertado.

Mais cedo, os futuros de petróleo Brent subiram mais de 8 dólares, atingindo um pico de 113,02 dólares por barril, o maior valor desde junho de 2014.

Por volta das 8h30 (horário de Brasília), o Brent avançava 5%, cotado a cerca de 110 dólares.

Os contratos futuros de petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociado nos EUA, também saltaram mais de 8 dólares por barril, atingindo o maior nível desde agosto de 2013, antes de perder algum fôlego. A commodity subia quase 5%, a cerca de 108,50 dólares por barril, no mesmo horário.

"Devido às opções limitadas de diversificação, qualquer interrupção nas exportações de energia da Rússia resultará em outra crise energética na Europa", disse Kaho Yu, analista na consultoria de risco Verisk Maplecroft.

"Embora os EUA tenham pedido uma liberação global de reservas de petróleo, os preços do petróleo provavelmente permanecerão acima de 100 dólares, a menos que suprimentos alternativos significativos entrem no mercado."

As exportações russas de petróleo representam cerca de 8% da oferta global.

A Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) disse na terça-feira que deixaria as operações de petróleo e gás da Rússia como resultado da invasão da Ucrânia por Moscou. A decisão fará com que a empresa deixe de administrar grandes instalações de produção na Ilha Sakhalin, no extremo oriente da Rússia.

© Reuters. Barris de óleo lubrificante na Indonésia
 6/11/2017
Rosa Panggabean/REUTERS

Uma liberação coordenada de 60 milhões de barris de petróleo pelos países membros da Agência Internacional de Energia, acordada na terça-feira, não conseguiu tranquilizar o mercado, e os preços subiram após o anúncio.

Enquanto isso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e aliados, conhecidos como Opep+, devem se reunir na quarta-feira, e as expectativas são de manutenção dos planos de adicionar 400.000 barris por dia de fornecimento a cada mês.

(Com reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Muyu Xu em Pequim)

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