As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta sexta-feira (26), diante do receio com a nova variante do coronavírus identificada na África do Sul. A variante foi batizada de B.1.1.529, e possui um alto número de mutações.
Ainda não existem informações concretas sobre a velocidade de disseminação dessa cepa, e também não se sabe como ela reage às vacinas, mas o mercado já teme por novas restrições à circulação de pessoas e mercadorias que possam ser implementadas para conter o avanço do vírus.
No exterior, a liquidez é reduzida pelo expediente mais curto das bolsas americanas, o que contribui para a valorização do dólar ante o real, em meio ao clima de aversão ao risco. Por outro lado, os juros futuros rondavam a estabilidade, contendo a alta das taxas do Tesouro Direto.
Cotações
A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 ia na contramão das demais, e recuava a 11,91% ao ano, de 11,95% na quinta-feira (25). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 11,83%, ante 11,79% no fechamento anterior.
Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 5,13%, ante taxa de IPCA mais 5,10% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 5,21%, de IPCA mais 5,15% no último fechamento.
Títulos públicos
O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).
O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.
Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.
Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.
Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.