SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco (SA:BBDC4) ainda não fez provisão para perdas potenciais por empréstimos feitos à construtora sondas petrolíferas Sete Brasil, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo do banco, Luiz Carlos Trabuco.
O executivo disse também que um eventual corte da nota soberana do país por mais uma agência internacional de classificação de risco seria "uma fotografia ruim" do país.
"Mas o mais importante é ver o filme", disse Trabuco a jornalistas durante encontro de executivos do setor bancário.
No início de novembro, a Petrobras (SA:PETR4) informou que seguia em trataivas para uma possível adequação do total de sondas contratadas com a Sete Brasil. A Sete Brasil precisa formalizar com a Petrobras o acordo para encomenda de sondas para tentar paralelamente viabilizar aportes de investidores estrangeiros.
Antes da crise na petrolífera provocada pelas investigações da Operação Lava Jato, a estimativa era que a Sete produziria ao menos 28 sondas para serem alugadas pela Petrobras. Mas agora as perspectivas apontam que 18 equipamentos de perfuração poderiam ser contratados pela estatal, num momento em que a Petrobras busca reduzir custos diante de elevado endividamento.
No final de outubro, o presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Alexandre Corrêa Abreu, disse esperar para ainda este ano um acordo da Sete com um grupo de bancos credores, mas o recebimento da dívida da empresa de sondas deve começar só 2016.
(Por Aluísio Alves)