Por Mohammed Ghobari e Tom Miles
SANAA/GENEBRA (Reuters) - Aviões de guerra liderados pela Arábia Saudita bombardearam forças de elite da Guarda Republicana do Iêmen aliadas à facção rebelde houthi, nesta sexta-feira, disseram moradores, e as conversas sobre um cessar-fogo patrocinadas pela ONU foram interrompidas sem um acordo para pôr fim aos três meses de combates.
Mais de 2.600 pessoas já morreram desde que uma aliança árabe liderada pelos sauditas iniciou uma ofensiva aérea para tentar impedir os houthis, que são apoiados pelo Irã, de completarem a tomada do Iêmen e também para tentar reinstaurar o presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, exilado em Riad.
Moradores contaram ter ouvido três ataques aéreos sobre o campo de Al-Sawad, em um subúrbio do sul da capital Sanaa, onde o comando da Guarda Republicana se associou ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh e onde os houthis estão sediados, no início desta sexta-feira.
Três ataques aéreos também foram relatados na região de Khawlan, a sudeste de Sanaa, seis em um campo que abriga a 115ª brigada de infantaria, aliada dos houthis, no distrito de Al-Hazm, na província de Al-Jouf, e mais três contra posições dos houthis nos arredores da cidade portuária de Áden, no sul do país, cenário de vários embates.
Os moradores não deram detalhes sobre baixas, mas os houthis informaram que nove civis foram mortos nos bombardeios sobre o distrito de Razeh, na província de Saada, no norte, bastião tradicional dos houthis na fronteira com a Arábia Saudita.