(Reuters) - O Twitter anunciou nesta quinta-feira corte de 9 por cento de sua força de trabalho no mundo para controlar custos depois que conseguiu resultado trimestral acima que o esperado por analistas.
O Twitter tinha 3.860 funcionários no mundo até o final de junho. A demissão de cerca de 300 pode afetar a imagem da empresa em San Francisco, onde a competição por talentos de engenharia de software é ferrenha.
A companhia de mídia social teve forte desaceleração no crescimento da receita no terceiro trimestre, mas o faturamento acabou superando expectativas de analistas e a ação da empresa subia quase 4 por cento antes da abertura dos mercados.
A receita subiu 8 por cento, para 616 milhões de dólares, acima da estimativa média de analistas de 605,8 milhões. A empresa teve um aumento de 20 por cento no faturamento do segundo trimestre e no ano passado, as vendas do terceiro trimestre tinham apresentado crescimento de 58 por cento.
A receita total com publicidade cresceu 6 por cento na comparação anual, para 545 milhões de dólares.
Excluindo eventos não recorrentes, o Twitter teve lucro de 0,13 dólar por ação, superando a previsão média de 0,09 de analistas, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
"Estamos ficando mais disciplinados sobre como investimos em nossos negócios e definimos uma meta de termos lucro em 2017", disse o vice-presidente financeiro, Anthony Noto.
O prejuízo líquido da companhia caiu para 102,9 milhões de dólares, ou 0,15 dólar por ação, no terceiro trimestre, ante 131,7 milhões, ou 0,20 dólar por papel, um ano antes.
O Twitter, que tem visto a base de seus usuários estagnar ante rivais como Instagram e Snapchat, afirmou que o número de usuários cresceu 3 por cento no terceiro trimestre, para 317 milhões ativos por mês.
Analistas esperavam 316,3 milhões, segundo a empresa de pesquisa de mercado FactSet StreetAccount.
O Twitter também anunciou que vai lançar "atualizações significativas" em seus serviços no próximo mês que vão afetar a forma como protege os usuários de conteúdo abusivo.