SÃO PAULO (Reuters) - O volume negociado de créditos de descarbonização (CBios) aumentou 40% na segunda metade de julho ante a primeira parte do mês passado, para 4,7 milhões de títulos, com os preços se mantendo em patamares firmes, apontou nesta quinta-feira relatório do Itaú BBA.
Os preços médios das negociações fecharam o dia 31 de julho em 134,16/CBio, 21% acima da média de 2023, acrescentou banco.
O preço médio do CBio atingiu um pico de quase um ano no início de julho, conforme dados da bolsa B3 (BVMF:B3SA3), a cerca de 148 reais, maior nível desde os 153,94 reais de 18 de julho de 2022.
Isso eleva custos para as distribuidoras de combustíveis, que são obrigadas a comprar o ativo para compensar emissões de carbono com a venda de combustíveis fósseis, e o setor protestou.
O pico de preços pode ter sido registrado devido à proximidade da expiração do prazo para distribuidoras cumprirem suas metas de CBios, segundo avaliação anterior do banco.
De acordo com dados da B3 citados no relatório do Itaú BBA, a emissão de CBios no mês de julho foi de 2,8 milhões de títulos, 16% acima do total emitido no mesmo mês do ano passado.
No acumulado de janeiro de 2022 até o fim de julho de 2023, o volume emitido foi de 50,6 milhões de títulos. "Se considerarmos o total emitido até então, o volume já é suficiente para o cumprimento da meta referente ao ano de 2022", disse o banco.
(Por Roberto Samora)