Investing.com – A Weg (BVMF:WEGE3), empresa que atua a nível global na fabricação de motores elétricos, inversores de frequência, painéis, transformadores e geradores, entre outros produtos, deve reportar resultados do segundo trimestre na quarta-feira, 19 de julho, antes da abertura do mercado. A teleconferência com acionistas ocorre no dia seguinte, 20 de julho, às 11h (horário de Brasília). A apreciação do real frente ao dólar e mudanças regulatórias para energia solar podem afetar os resultados da companhia, na visão de analistas consultados pelo Investing.com Brasil.
Fernando Ferrer, analista da Empiricus, espera um trimestre com resultado sólido, embora ligeiramente mais fraco na comparação trimestral e anual.
“Por um lado, há demanda por equipamentos de eficiência energética e produtos de ciclo longo, especificamente geração de eólica para neurotransmissão continua bastante forte, o que contribui para esse crescimento. Por outro lado, a receita doméstica, principalmente no segmento solar, com uma mudança regulatória na virada do ano, deve sofrer uma enfraquecida”, pondera o analista, que também reforça que a receita das operações estrangeiras vai ser afetadas pelo câmbio, tendo em vista a valorização do real frente ao dólar hoje.
Ferrer acredita, no entanto, que não há grandes preocupações em relação a este balanço e que a companhia vem se mostrando bastante resiliente nas suas linhas de negócios.
“É uma empresa que consegue atuar nos mais diversos setores da economia. Então, por exemplo, dentro do segmento de energia, ela também consegue atuar em todos os subsegmentos, tanto em transmissão, geração e distribuição. Então é uma empresa muito plural que que tem uma diversificação grande também geográfica e, com isso, ela traz uma maior previsibilidade de receita”, avalia o analista.
Ferrar explica ainda que a Weg estaria exposta a trends de longo prazo como mobilidade, eficiência energética, digitalização, automação e energia renovável, construindo um portfólio saudável ao longo do tempo.
No entanto, com o valuation atual, a Empiricus possui recomendação neutra para o papel. Como a Weg não possui grande alavancagem, não seria uma das maiores beneficiadas com o ciclo de flexibilização na taxa de juros.
Fernando Bresciani, analista do Andbank, concorda que os resultados devem ser mais fracos do que nos últimos trimestres. O analista acredita que a Weg é uma excelente empresa, com caixa líquido, capitalizada e boa pagadora de dividendos, mas é uma ligada ao setor de infraestrutura - e por isso é afetada pelo crescimento global mais fraco.
“Então PIB global mais fraco significa menos encomendas. A Weg ainda é muito ligada ao setor de energia elétrica, de infraestrutura voltada para energia, esse deve performar bem porque o mundo viu o que o que poderia ter sido se não tivesse feito o estoque de petróleo, por conta da guerra. Então acho que o mundo olha cada vez mais para eólica, energias alternativas e isso é bom para ela”, destaca o analista.
No entanto, Bresciani também avalia que, com a valorização do real, a expectativa é de que a receita da Weg venha menor. “O preço das commodities ainda pressiona os resultados. Então ela deve ter talvez uma pressão na receita, deve ter pressão na margem, que deve cair um pouco e o resultado ainda é beneficiado por conta do resultado financeiro pelo juro elevado, mas juro caindo para ela é negativo”.
O que esperar, segundo o InvestingPRO
O InvestingPRO, que reúne estimativas de diversos analistas, projeta um lucro por ação (LPA) de R$0,32 no balanço do segundo trimestre, com receita esperada de R$8,14 bilhões.
Fonte: InvestingPRO
O último balanço da companhia foi divulgado em abril, com lucro por ação de R$0,31, acima do esperado.
Fonte: InvestingPRO
Fonte: InvestingPRO
A média das estimativas de analistas compiladas pelo InvestingPRO é de um preço-justo de R$35,12, potencial de baixa de 2,2%.
Fonte: InvestingPRO
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