Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – Os ADRs da Alibaba (NYSE:BABA (SA:BABA34) caíam 1,58% às 15h11 (horário de Brasília) desta terça-feira, cotados a U$129,49, após a Reuters publicar que o governo Biden está abrindo uma investigação do segmento de nuvem da empresa quanto ao risco em potencial para a segurança nacional dos EUA. O BDR da ação subia 1,26%, a R$25,79.
O foco da investigação é a forma como a empresa armazena os dados dos clientes dos EUA, incluindo informações pessoais e propriedade intelectual, e se o governo chinês poderia ter acesso a esses dados, de acordo a Reuters. A possibilidade de que Pequim interrompa o acesso dos usuários dos EUA às suas informações armazenadas na Alibaba Cloud também é uma preocupação, afirmou a publicação.
A Gartner estima que a receita do segmento de nuvem da Alibaba seja inferior a US$ 50 milhões, mas a operação tem atraído cada vez mais o foco da gigante chinesa da internet devido ao seu potencial. O segmento de nuvem da Alibaba alcançou receitas de US$ 9,2 bilhões em 2020, contribuindo com um pequeno volume global de 8%, mas crescendo 50%. A operação concorre nos EUA com a Amazon (NASDAQ:AMZN)) (SA:AMZO34), a Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34), a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) e outras empresas no setor de hospedagem em nuvem.
Em seu relatório anual de 2021, a Alibaba sinalizou preocupações em torno das suas operações nos EUA. "As entidades e indivíduos dos EUA com quem temos relações contratuais ou de outra natureza podem ser proibidos de continuar a fazer negócios conosco, incluindo o cumprimento de suas obrigações nos termos de acordos envolvendo nossa cadeia de fornecimento, logística, desenvolvimento de software, serviços de nuvem e outros produtos e serviços", alertava.
As relações entre as duas maiores economias do mundo têm sido tensas há alguns anos. Por sua vez, a China, desconfiada das regras que suas empresas cotadas em bolsas norte-americanas devem seguir a fim de cumprir as normas da SEC e de outras entidades regulatórias dos EUA, aumentou a sua própria vigilância das práticas de tratamento de dados das suas gigantes da internet.