BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta quarta-feira a suspensão do inquérito das fake news até o julgamento de uma ação pelo Supremo Tribunal Federal que questiona o seu trâmite, horas após a Polícia Federal ter realizado uma série de diligências contra bolsonaristas por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em manifestação enviada a uma ação movida pela Rede que tramita no Supremo, Aras contesta o fato de a Procuradoria-Geral da República não ter direito a se manifestar nos autos desse inquérito.
"Neste dia 27 de maio, contudo, a Procuradoria-Geral da República viu-se surpreendida com notícias na grande mídia de terem sido determinadas dezenas de buscas e apreensões e outras diligências, contra ao menos 29 pessoas, sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão de persecução penal que é, ao fim, destinatário dos elementos de prova na fase inquisitorial", contestou o procurador-geral.
(Reportagem de Ricardo Brito)