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Bancos digitais no Brasil podem estar perto da hora da verdade

Publicado 11.10.2021, 13:04
Atualizado 11.10.2021, 14:35
© Reuters

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Após anos de efervescência, os bancos digitais podem estar perto de uma prova de fogo no Brasil, uma vez que a expansão da base de clientes começa a perder força e investidores passam a cobrar rentabilidade.

Segundo o Bank of America, downloads de apps de bancos e carteiras digitais no país caíram em setembro pela primeira vez desde 2015. Sete dos 10 maiores neobancos viram a base de usuários ativos cair na comparação com agosto.

Sem novos catalisadores à vista para seguir apostando tudo em crescimento, as fintechs vêm se movendo para engajar e rentabilizar sua base, transição que, segundo especialistas, tende a reduzir o número de concorrentes.

Desde o surgimento do Nubank, em 2013, o país já contabiliza mais de 700 plataformas digitais de serviços financeiros que incluem pagamentos, seguros, empréstimos, gestão de caixa, investimentos, câmbio e previdência privada, entre outros.

De carona na inovação tecnológica e regulatória e num volume formidável de investimentos, as fintechs captaram dezenas de milhões de desbancarizados e clientes insatisfeitos com bancos tradicionais. Só o PicPay, maior carteira digital do país, superou 55 milhões de usuários em setembro, quase o dobro de um ano antes. O Nubank superou 40 milhões de clientes em maio.

Muito dessa evolução recente é explicada pela pandemia. No começo de 2020, quando veteranos da indústria financeira já previam uma desaceleração das fintechs, o isolamento social forçado pela Covid-19 provocou justamente o contrário. Só a Caixa Tem, braço digital da Caixa Econômica Federal criado pelo governo para distribuir auxílio emergencial a pessoas mais afetadas pela crise, absorveu mais de 100 milhões de cadastros.

Além disso, a entrada em vigor do sistema instantâneo de pagamentos PIX e do open banking deu outra guinada no setor. Com isso, os aportes em fintechs no Brasil bateram recordes.

Porém, especialistas na indústria de capital de risco avaliam que fatores que motivaram esse movimento podem estar prestes a sair de cena. Um deles é a perda de ímpeto do crescimento da base de clientes. O outro é o fim do dinheiro barato, a ser precipitado por um ciclo de alta de juros nos Estados Unidos e na Europa. Juntos, podem indicar que chegou a hora de virar a chave.

"A liquidez mundial ampliou o balão de oxigênio de várias fintechs na América Latina, inclusive de algumas que não têm ido tão bem", afirmou Guilherme Horn, diretor de estratégia e inovação do banco BV. "Isso pode estar prestes a mudar."

Mudar, no caso, não significa ainda que as torneiras vão se fechar. Pelo menos por enquanto. Na verdade, um estudo recente da empresa de investimentos Atlantico estimou que aportes em startup latinoamericanas devem superar 20 bilhões de dólares neste ano, quase quatro vezes o captado em 2020, com 40% disso indo para bancos digitais no Brasil.

Segundo o sócio da Atlantico Julio Vasconcellos, a percepção dominante é de que ainda há oportunidades na região em serviços ainda poucos explorados, como seguros, moedas digitais, crédito imobiliário e ecommerce.

Porém, os recursos deve ser progressivamente canalizados para ativos que se mostrarem mais viáveis, que indiquem chances maiores de que vão dar lucro. No primeiro semestre, cerca de 80% do dinheiro aplicado em fintechs no Brasil vieram para Nubank, C6 e Neon, segundo os dados da Atlantico.

Corrida para aparecer

Dados de fintechs listadas ou com maior nível de dados públicos mostram que elas estão percebendo os sinais dos tempos. Dos oito bancos digitais do país que divulgaram balanços neste ano, seis tiveram lucro, segundo o portal Fintechs Brasil. No conjunto, com rentabilidade bem inferior à dos grandes bancos, mas já melhor do que no ano passado.

Numa mostra do desafio que as fintechs terão para equilibrar crescimento e rentabilidade, em setembro a Fitch cortou o rating do BS2 (ex-Banco Bonsucesso), citando deterioração do perfil financeiro, após a estreia da plataforma de digital em 2019.

Para convencerem o mercado e investidores que estão superando a arrebentação, algumas fintechs estão dando mais detalhes sobre suas bases de clientes, mostrando quantos deles são para valer e não só mais ícone de aplicativo no smartphone.

O Picpay informou em setembro que cerca de um quarto dos 55 milhões de usuários eram transacionais, ou seja, podiam render receitas. Nesse sentido, fintechs com prateleiras com menores de produtos saem em desvantagem, por terem poder mais limitado de fazer com que seus usuários sejam recorrentes.

Capacidade de escala e de engajamento é um ativo poderoso para os bancos digitais, especialmente no momento em que começam a enfrentar mais intensamente as "fintechs embarcadas", braços financeiros digitais de varejistas ou grandes bancos comerciais, que já são metade das 20 maiores no país. Isso sem contar a concorrência de grupos globais em alguns serviços, como o WhatsApp, do Facebook (NASDAQ:FB); e o Paypal.

Além da grande capacidade de engajar usuários, em geral combinando comércio eletrônico e entretenimento, essas empresas detêm grande poder de captar recursos mais baratos no mercado e uma longa expertise no crédito que as ferramentas de inteligência artificial usadas por fintechs ainda não conseguem absorver.

"O sucesso no crédito e em outras formas de monetização da base vai ajudar a apontar quais serão os vencedores", disse o ex-presidente do PicPay e ex-presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Gueitiro Genso.

Apesar dos números gigantescos de contas, os bancos digitais ainda detêm carteiras de empréstimos tímidas. No conjunto, não chegam a 5 bilhões de reais, segundo dados mais recentes do Banco Central, ou cerca 0,3% do estoque do crédito com recursos livres do sistema.

Uma mostra do desafio que as entrantes têm pela frente veio em agosto, quando a Stone (NASDAQ:STNE), um dos expoentes do mercado de pagamentos, anunciou prejuízo trimestral de cerca de 400 milhões de reais nos empréstimos a pequenos lojistas e suspendeu novas concessões.

Para especialistas, ainda há espaços enormes para serem explorados pelos negócios financeiros digitais no Brasil, o que deve motivar a aparição de novos negócios de nicho por muitos anos. Porém, negócios que dependam de maior escala vão começar a passar por um filtro.

Um indicativo de consolidação é o aumento da velocidade das fusões no setor, ilustrada pelas uniões Picpay-Guiabolso, Geru-Rebel, além de aproximações entre Stone e Banco Inter (SA:BIDI4) e de Creditas com Nubank.

"Ninguém imagina que teremos 700 fintechs no Brasil daqui a alguns anos", diz Túlio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, braço de finanças do Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34). "É possível que restem seis ou sete grandes."

Últimos comentários

logo logo os grandes do País engolem as fintechs.
Independente dos problemas eu nunca trocaria banco Inter e Nubank por um Bradesco ou Itau. Não vale a pena!
"nunca" , até dar prejuízo, certo?
 Pelo que é me oferecido até aqui, NUNCA! Galera gosta de discutir termos baseados em suas convicções. Só esquecem de perguntar se foram chamados pro debate.
Marketplace
As que nao associarem-se a marcketplace , geramdo sinergia , expansao da base de dados e portanto escala terao dificuldades , enjoei ja ja sera absorvida por um desses.
isso só tá facilitando pro Leão
isso só tá facilitando pra receita federal.daqui a uns anos começam a chamar o pessoal pra dar explicações e multar......principalmente pra classe C.
isso só tá facilitando pra receita federal.daqui a uns anos começam a chamar o pessoal pra dar explicações e multar......principalmente pra classe C.
Se o Bozo e sua turma de malucos continuar não vai eh sobrar nada, isto aqui vai virar uma terra arrasada.
Esperem o PTtrsho banco de Lula
Esperem o PTtrash , o banco de Lula
Se não dá lucro uma hora quebra. Os grandes acionistas desfazem suas posições e os pequenos investidores e poupadores ficam no prejuízo. O FGC é limitado!!!!!
Quer dinheiro de bancos ? vai trabalhar..
Bancos digitais vieram para ficar e só resta aos bancos tradicionais ou se adaptarem ou amargarem pelos seus erros passados (e ainda presentes) com seu péssimo atendimento, reservas fracionárias (para quem não sabe um banco tradicional só está obrigado a manter em seu caixa 5% do que você correntista deposita. O restante o mesmo empresta sem lhe dar nada em troca), taxas elevadas e mais outras queixas constantes por parte de correntistas que todos sabemos. Falem o que quiserem, mas prefiro muito mais um banco digital do que um tradicional pela agilidade do serviço, baixa incidência de queixas sem solução a não ser pela via judicial e isso sem falar que o uso do PIX até para pessoa jurídica em alguns bancos digitais é isento de cobrança.
Nu Bank da prejuizo desde a sua fundacao kkkkk alguem acha que isso vai dar certo? isso é só mais uma cortina de fumaca!
Se eu fosse dono de um banco gigante, antes de me aventurar em uma mudança estrutural que consumiria bilhões de reais, eu investiria alguns milhões em protótipos para realizar testes. Parece que a população aceitou bem as novidades e, a partir de agora, os grandes já podem virar a chave do rolo compressor de aventureiros. O problema é que os supostos grandes CEOs desses bancos digitas, mesmo sabendo que o capital investido vem dos grandes bancos, ficam acreditando na própria mentira. Diariamente vejo esses derrotados soltando frases prontas e de efeito, mesmo sabendo que são apenas frases. O ego fala mais alto, mas depois isso se transforma em vergonha.
mudei 100% para nu Bank. Santander, Itaú e Caixa, os 3 bancos que movimentava meus recurso são identificos. Sistema fáceis de serem fraudados, lentos, taxas altas, lucros abusivos. Essas coisas sim deveriam ser atacadas por quem tem lucidez das cousas Nu Bank trava uma guerras, um cliente que sai dos bancos tradicionais para o Nu Bank não é apenas 1 cliente, é um escravo liberto
A hora da verdade já passou faz tempo. Quem acredita em almoço grátis ainda? Tudo começou com MGLU, mercado deslocando preço baseado em perspectivas inalcançáveis. Pipocando fatos relevantes quase que semanalmente com intuito de postergar a precificação em PL realista. Quem viveu a virada de chave das ponto com, no fim das contas, sabe exatamente o que vai acontecer com 90% das empresas que surfaram a onda de dinheiro fácil.
Banco Digital é igual o Mundial de Clubes do Palmeiras. A gente só houve falar...
*ouve...rsss
boa kkk
Valdir, essa piada é velha, dá uma atualizada aí
O que ninguém fala é que a febre de ilicitos(sequestros-relâmpago, fraude via whats, pirâmides) tem como destinatário fina em 100% dos casos um Banco Digital.  Enquanto todo mundo exige - por regarss de compliiance, KYC, money laundering e o cacete a quatro uma montanha de documentos, esses banquinhos digitais exigem somente o APP e o rosto do laranja......  Para abrir uma conta em banco digital deveria ser OBRIGATÓRIA a assinatura de um contrato PRESENCIAL (talvez em um balcão de shopping) para a validação do meliante que está abrindo a conta.  Garanto que o tipo de crime mencionado cairia 80% em questão de dias...
Sinceramente, no meu ponto de vista, posso estar errado.Em questão de abrir conta virtual ou presencial da no mesmo. Já vi casos, onde o bandido chega para uma pessoa de bem oferecendo R$3000.00 em troca ele poder movimentar a conta.Antes mesmo de existir bancos virtuais já existiam laranjas. Se o bandido quer um laranja sendo presencial ou não eles conseguem.
Se o bandido quer um laranja sendo presencial ou não. Eles conseguem, só oferecer uma grana e conseguem abrir uma conta de outra pessoa.***
Estao na hora da mentira entao???
Quantos anos de prejuízo, só tem cliente quebrado. Bancoes nunca vai acabar. É fácil ter cliente e dar prejuízo, vamos ver quanto tempo dura. Começa a cobrar que a clientela sai correndo
Hj eu tirei todo meu dinheiro da toro investimentos, pq nn me prestou um bom atendimento para minhas necessidades, inclusive com informações de aplicação, erradas, que me induziram ao erro, e pq nn tem um investimento com liquidez diária, p eu poder sacar a qq momento e poder investir em oportunidades que surgam na bolsa. É muito engessado lá. Até o BB é mais versátil. Uma pena.
Por isso aplico a partir de R$1,00 nos fundos de ações do BB por setores da economia e os especialistas escolhem as empresas. É importante ter estratégias sensatas de investimento, para que as pessoas não tenham de se tornar gestoras de seus próprios portfólios. Nós não fazemos cirurgias em nós mesmos. Chamamos médicos para fazê-las para nós. Com o nosso dinheiro, deveria acontecer a mesma coisa.
Alguém que compra ações de um banco que não tem dinheiro para emprestar e não tem cliente com dinheiro para aplicar, espera o quê!!!! que brote lucro dos milhões de cadastros, pois é só cadastro mesmo, e de pessoas fanfarronas que não tem um sabiá para dar água, mas adoram dizer que são cRientes de um banco digitaR, tipo pobre mas moderno.
Mas em um País que consultam um capitão demitido ao invés de cientistas para saber sobre vacinas e pandemia, esperar o quê?
Alguns bancos digitais são bolhas, com promessas de serem lucrativos no futuro, no futuro até eu posso ser lucrativo. No final do dia o que importar é o lucro versus dividas.
Por isso aplico a partir de R$1,00 nos fundos de ações do BB por setores da economia e os especialistas escolhem as empresas. É importante ter estratégias sensatas de investimento, para que as pessoas não tenham de se tornar gestoras de seus próprios portfólios. Nós não fazemos cirurgias em nós mesmos. Chamamos médicos para fazê-las para nós. Com o nosso dinheiro, deveria acontecer a mesma coisa.
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