WASHINGTON (Reuters) - Um advogado do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um comunicado em junho dizendo que todo o material sigiloso guardado em caixas na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, havia sido devolvido ao governo, informou o New York Times neste sábado.
A declaração foi assinada depois que Jay Bratt, autoridade de segurança nacional de alto escalão do Departamento de Justiça dos EUA, visitou o clube de praia de Trump no sul da Flórida em 3 de junho, informou o New York Times. Bratt se encontrou com dois advogados de Trump para discutir o tratamento de informações confidenciais durante a visita, disse o jornal.
Trump está sob investigação federal por possíveis violações da Lei de Espionagem, que torna ilegal espionar para outro país ou usar informações de defesa dos EUA de forma inadequada, incluindo compartilhá-las com pessoas não autorizadas, mostrou um mandado de busca, que veio a público na sexta-feira.
Agentes do FBI revistaram Mar-a-Lago nesta semana e removeram 11 conjuntos de documentos classificados como confidenciais, incluindo alguns marcados como ultrassecretos, de acordo com o Departamento de Justiça.
A existência da declaração do advogado de Trump sugere que Trump e sua equipe podem não ter divulgado totalmente as informações sobre documentos confidenciais na residência do ex-presidente, informou o Times.
A Reuters não conseguiu confirmar a reportagem de forma independente. O Departamento de Justiça dos EUA não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.
(Por Ted Hesson; reportagem adicional de Rami Ayyub)