Por Karen Freifeld
WASHINGTON (Reuters) - O advogado principal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na investigação norte-americana sobre envolvimento russo na eleição presidencial de 2016 disse nesta quinta-feira que está deixando o caso.
“Eu amo o presidente e lhe desejo o bem”, disse o advogado John Dowd à Reuters em email.
A renúncia foi relatada nesta quinta-feira pela primeira vez pelo New York Times, citando fontes, incluindo uma que disse que Trump estava cada vez mais ignorando conselhos de Dowd.
Dowd não comentou imediatamente sobre o motivo pelo qual renunciou.
Dowd e Jay Sekulow, que também representa Trump na investigação sobre a Rússia, estiveram em negociações nas semanas recentes sobre um possível interrogatório de Trump com o procurador especial Robert Mueller, disseram pessoas familiares à questão à Reuters.
Sekulow disse em comunicado que Dowd é “um amigo e tem sido um membro valioso de nossa equipe jurídica”.
“Nós iremos continuar nossa representação em andamento do presidente e nossa cooperação com o escritório do procurador especial”, disse Sekulow.
No sábado, Dowd pediu um fim à investigação, que disse ter sido fabricada pelo ex-diretor do FBI James Comey.
Dowd tem sido o principal advogado externo de Trump para a investigação sobre a Rússia desde meados do ano passado, quando o advogado pessoal de Trump, Marc Kasowitz, deixou o cargo.
Mais cedo nesta semana, Trump contratou o advogado Joseph DiGenova, que acusa o FBI e o Departamento de Justiça dos EUA de tentarem produzir evidências falsas para Trump com o que diz serem acusações falsas de conluio com a Rússia durante a campanha eleitoral de 2016.
A contratação de DiGenova é vista como um possível sinal de um movimento agressivo para descreditar Mueller.