NOVA YORK (Reuters) - Na iminência da eleição presidencial dos Estados Unidos, advogados de Donald Trump pedirão nesta sexta-feira que um tribunal federal de apelações impeça um dos maiores procuradores de Manhattan de obter as declarações de Imposto de Renda do presidente devido à sua ligação com um inquérito criminal sobre Trump e seus negócios.
O 2º tribunal de apelações ouvirá os argumentos dos advogados de Trump e do procurador de Manhattan, Cyrus Vance, cuja investigação começou mais de dois anos atrás.
O inquérito travou porque Trump contesta uma intimação de agosto de 2019 de um grande júri que exige que seu escritório de contabilidade, Mazars USA, entregue oito anos de declarações de imposto pessoais e corporativas.
Vance iniciou sua investigação depois que Michael Cohen, ex-advogado e faz-tudo de Trump, pagou pelo silêncio de duas mulheres que alegavam encontros sexuais com o então candidato a presidente antes da eleição de 2016.
Agora o inquérito parece ir além dos pagamentos, já que Vance disse em documentos legais que pode ter motivos para investigar Trump e seus negócios por fraude tributária e securitária, e que uma possível fraude bancária também pode ser examinada.
Os advogados de Trump disseram que a intimação "passou muito do limite", que foi emitida de má fé e é parte de uma tentativa de "jogar verde para colher maduro" com o objetivo de assediá-lo.
Vance é democrata, e Trump é republicano.
As argumentações desta sexta-feira vêm depois de a Suprema Corte dos EUA rejeitar no dia 9 de julho a afirmação de Trump de que ele é absolutamente imune a inquéritos criminais enquanto estiver na Casa Branca.
(Por Jonathan Stempel em Nova York)