Por Patrick Markey
CAIRO (Reuters) - Os ministros de Relações Exteriores da Arábia Saudita e de outras nações árabes criticaram o Irã e seu aliado xiita libanês Hezbollah em uma reunião de emergência no Cairo neste domingo, alertando que não ficarão parados diante da interferência iraniana em assuntos árabes.
As tensões na região aumentaram nas últimas semanas entre a monarquia sunita da Arábia Saudita e o islamita xiita Irã depois da renúncia surpresa do primeiro-ministro libanês Saad al-Hariri e depois da escalada no conflito do Iêmen.
Hariri, um aliado saudita, renunciou em 4 de novembro em um anúncio feito em Riad. Ele citou o medo de ser assassinado e acusou o Irã e o Hezbollah de espalharem conflitos no mundo árabe.
O Hezbollah, que é tanto uma força militar como um movimento político, faz parte de um governo libanês formado por facções rivais e é aliado do presidente libanês Michel Aoun.
Aoun acusou a Arábia Saudita de manter Hariri como refém e de que ele foi forçado a renunciar. Arábia Saudita e Hariri negam essas acusações.
"O reino não vai parar e não hesitará em defender sua segurança", disse o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel Jubeir, à assembleia.
"Qualquer leniência em lidar com as políticas deles só os encorajaria mais, por isso temos que permanecer juntos", disse Jubeir, referindo-se ao Irã e suas políticas regionais.