Por Jibran Ahmad
PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - Pelo menos 19 pessoas morreram nesta sexta-feira em um ataque a tiros e bomba a uma mesquita xiita na cidade paquistanesa de Peshawar, no mais recente caso de violência sectária a atingir o país do Sul Asiático.
Grupos radicais de militantes islâmicos sunitas costumam atacar mesquitas frequentadas por membros da minoria xiita, a quem consideram infiéis.
Segundo a polícia, homens armados invadiram a mesquita, onde havia pessoas participando das orações de sexta-feira, e abriram fogo. Em seguida, foram ouvidas três explosões no interior do local.
O Taliban paquistanês, que combate o governo para instaurar uma teocracia radical sunita, reivindicou a autoria do ataque e disse que foi uma vingança pela repressão das forças do Estado aos militantes após um massacre em uma escola em dezembro do ano passado.
"Ou a lei de Deus, a sharia, será implementada ou o Paquistão vai se tornar o seu cemitério", disse o comandante do Taliban Omar Mansoor em um vídeo no qual aparece ao lado de três jovens militantes segurando fuzis AK-47.
"Esse é o primeiro de uma série de ataques de vingança... Esperem pelo restante", acrescentou Mansoor, que já havia reivindicado a autoria do ataque de 16 de dezembro à escola, no qual mais de 150 pessoas foram mortas, em um vídeo enviado a jornalistas.
O estilo do ataque à mesquita foi similar ao do ataque à escola, em que homens armados chegaram de carro, abriram fogo e invadiram o local usando uma entrada por trás.
O Complexo Médico Hayatabad, em Peshawar, disse que ao menos 19 pessoas morreram no ataque à mesquita.