Por Valerie Volcovici
WASHINGTON (Reuters) - A adolescente sueca Greta Thunberg, que alcançou fama global por inspirar greves de estudantes de todo o mundo para defender a ação contra a mudança climática, levou sua missão às portas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira com um protesto diante da Casa Branca.
Centenas de pessoas majoritariamente jovens se reuniram na rua defronte à Casa Branca para se encontrar com ela portando cartazes que diziam "Pessoas ou Lucro?" e "Alerta!" e bradando "Isto é uma crise, aja de acordo!" e "Seguir em frente não basta".
Jennifer Morash, candidata a um doutorado em ciência vegetal, levou a filha Adeline, de 9 anos, para a manifestação depois de obter uma permissão da escola em Maryland. "Quero fazer com que tenhamos um futuro feliz e que as pessoas levem a mudança climática a sério", disse Adeline.
Muitos manifestantes se deitaram sem se mover durante 11 minutos, representando os 11 anos que, disseram, os cientistas acreditam que o mundo tem para fazer mudanças necessárias para conter a mudança climática.
O protesto foi o primeiro evento de destaque da visita de seis dias de Greta a Washington, concebida para pressionar o governo Trump antes de uma cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) na qual líderes mundiais ouvirão apelos para que acelerem suas ambições de redução de carbono para frear o aquecimento global.
Trump compõe uma pequena minoria de líderes globais que questionam abertamente a ciência por trás da mudança climática. Ele tem falado de sua intenção para que os EUA deixem o Acordo Climático de Paris --um pacto mundial para conter a elevação das temperaturas do mundo-- e tem uma política para maximizar a produção norte-americana de combustíveis fósseis.
(Por Richard Valdmanis)