Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - Trabalhadores devem começar a remover as últimas barreiras de alta segurança em torno do Capitólio dos Estados Unidos ainda nesta sexta-feira, mais de seis meses depois de apoiadores do ex-presidente Donald Trump lançarem um ataque letal à casa do Congresso dos EUA.
A barreira preta com 2,4 metros de altura em certo momento cercou vários quarteirões em torno do Capitólio, interferindo com o tráfego de pedestres e veículos. As partes que ainda estão em pé, fechando apenas o complexo com cúpula branca do Capitólio, serão removidas em três dias, segundo Sargento de Armas da Câmara dos EUA, William Walker.
A decisão de retirar as barreiras restantes foi baseada na avaliação da polícia do Capítulo de quanta ameaça há no momento e uma coordenação melhor com agências de segurança locais e federais, disse Walker, em um comunicado.
Mais de 535 pessoas foram acusadas de participarem dos ataques de 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump quebraram janelas, enfrentaram a polícia e obrigaram que parlamentares e o então vice-presidente Mike Pence tentassem encontrar um lugar seguro para se protegerem.
Cinco pessoas morreram durante a violência e no dia seguinte, incluindo um agente da Polícia do Capitólio. Dois policiais que participaram da defesa do Capitólio tiraram a própria vida posteriormente. Mais de uma centena de policiais ficou ferida.
Os agressores tentaram impedir que o Congresso certificasse a vitória eleitoral do presidente Joe Biden, que Trump havia dito, falsamente, que fora resultado de uma fraude generalizada. Vários tribunais, autoridades eleitorais e membros do próprio governo Trump rechaçaram as alegações sem fundamentos.
Cerca de 20.000 tropas da Guarda Nacional foram posteriormente chamadas a cidade para defender o prédio. O último contingente não sairá antes de maio.
Walker afirmou que as barreiras temporárias podem ser rapidamente reinstaladas, se necessário, e que outras restrições de acesso ao Capitólio continuam em vigor. Turistas e outros visitantes foram proibidos de entrar no Capitólio desde o ano passado por restrições sociais motivadas pela pandemia de Covid-19.
Em março, uma força-tarefa estudando falhas de segurança em 6 de janeiro recomendou a criação de uma força de rápida-reação em Washington e melhores às capacidades de inteligência e treinamento da Polícia do Capitólio.