Por Gavin Jones
ROMA (Reuters) - O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi anunciou na quarta-feira que irá disputar uma vaga no Senado do país nas eleições do mês que vem, buscando um cargo nacional novamente após uma ausência de nove anos.
O bilionário magnata da mídia, que lançou uma operação intensa de propaganda antes do anúncio oficial, liderou quatro governos desde sua entrada para a política em 1994, mas foi temporariamente proibido de ocupar cargos públicos após uma condenação por fraude fiscal em 2013.
Seu último governo caiu dois anos antes disso, envolvido em uma crescente crise de dívidas e em escândalos por conta das festas sexuais de Berlusconi, chamadas por ele de "bunga-bunga", em sua residência nos arredores de Milão.
Berlusconi disse a uma estação de rádio estatal na quarta-feira que recebeu pedidos de "massas de pessoas" dentro e fora de seu partido Forza Italia para concorrer no pleito no dia 25 de setembro dizendo que "no final, acredito que serei candidato ao Senado, então todos ficarão felizes".
Em sua oitava campanha eleitoral nacional, Berlusconi se apoia novamente em uma campanha de anúncios a todo vapor, que já o ajudou a conseguir vitórias em outras eleições.
Grandes telas em estações de trem e metrô por todo o país apresentam fotos de um Berlusconi jovial, ao lado do slogan "oggi piu che mai, una scelta di campo" -- que pode ser traduzido como "agora, mais do que nunca, escolha um lado".
O partido Forza Italia é considerado um braço moderado da aliança conservadora dominada por dois partidos de extrema direita: O Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, que lidera as pesquisas de opinião, e a Liga, de Matteo Salvini.