Por Ted Hesson e Mimi Dwyer e Mica Rosenberg e Kristina Cooke
WASHINGTON (Reuters) - Poucas horas após tomar posse como presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, Joe Biden enviou ao Congresso uma projeto de lei de imigração que abre caminho para a cidadania de imigrantes vivendo ilegalmente no país, em um forte contraste com as políticas do ex-presidente Donald Trump.
Biden também assinou diversos decretos nesta quarta-feira, pelo menos seis relacionadas à imigração, tornando o assunto o principal foco do primeiro dia do presidente democrata no poder.
Os decretos incluem suspender imediatamente a proibição de entrada de pessoas de uma dúzia de nações, no geral países majoritariamente muçulmanos ou africanos, interromper a construção de um muro na fronteira com o México e reverter a ordem de Trump para impedir que imigrantes ilegais sejam contados na próxima redefinição dos distritos eleitorais para o Congresso dos EUA.
Biden também assinou um memorando direcionando o Departamento de Segurança Nacional e o procurador-geral dos EUA a preservar o programa Daca, que protege de deportação imigrantes que chegaram ao país como crianças, e reverter a ordem executiva de Trump que pede fiscalização interna mais rígida à imigração.
Juntas, as ações mostram que Biden está começando seu mandato com um forte foco na imigração, assim como Trump colocou o assunto no centro da sua agenda política até os últimos dias do seu governo. Em uma das poucas aparições públicas após a eleição, Trump visitou uma parte do muro na fronteira com o México, no começo do mês.
A decisão de Biden de imediatamente recuar na proibição de viagens imposta por Trump, que motivou amplos protestos quando foi assinada e foi considerada discriminatória, ganhou elogios de grupos empresariais e defensores da causa da imigração.
(Reportagem adicional de Dan Trotta)