Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve fazer seu discurso anual do Estado da União no Congresso norte-americano em 7 de fevereiro, encarando a Câmara dos Deputados após a tomada do poder na Casa pelos republicanos que prometeram desafiar sua agenda e lançar investigações sobre ele e seu governo.
O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, apresentou nesta sexta-feira o convite, que prontamente foi aceito pela Casa Branca.
“O povo americano nos enviou a Washington para dar uma nova direção ao país, encontrar um terreno comum e debater suas prioridades”, escreveu McCarthy em uma carta a Biden.
O discurso anual oferece ao presidente democrata a oportunidade de expor suas metas legislativas no meio de seu mandato de quatro anos, e possivelmente abordar temas mais amplos para uma tentativa de reeleição em 2024.
O pronunciamento dá a Biden um palanque nacional e, portanto, uma oportunidade de obter apoio entre os próprios democratas, alguns dos quais estão preocupados com sua idade, entre outras questões. Biden completou 80 anos em novembro e, se reeleito, faria 82 no início de um segundo mandato.
O anúncio da data do discurso ocorreu um dia depois que o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciou a indicação de um procurador especial para investigar a posse de documentos confidenciais por Biden.
O segundo discurso do Estado da União de Biden será realizado, como é de costume, na Câmara, onde os republicanos assumiram o controle na semana passada depois de obter uma pequena maioria nas eleições de meio de mandato de novembro.
O novo cenário político deve ser mais difícil para Biden garantir acordos bipartidários sobre a legislação, que ele provavelmente exigirá em seu discurso. Ainda assim, questões como o combate à epidemia de opioides podem atrair amplo apoio.
(Reportagem de Richard Cowan; reportagem adicional de Jeff Mason e Trevor Hunnicutt)