Por Simon Lewis e Humeyra Pamuk e Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden está disposto a trabalhar com o Congresso para responder à solicitação do promotor do Tribunal Penal Internacional por mandados de prisão contra líderes israelenses pela guerra em Gaza, afirmou o secretário de Estado, Antony Blinken, nesta terça-feira, em meio a pedidos dos republicanos por sanções dos EUA contra autoridades do tribunal.
Falando em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Blinken disse que a medida foi “profundamente equivocada” e que complicaria as perspectivas de chegar a um acordo pela libertação dos reféns e um cessar-fogo no conflito de Israel com o grupo militante palestino Hamas.
O promotor do TPI, Karim Khan, disse na segunda-feira que possuía motivos razoáveis para acreditar que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o chefe de Defesa de Israel e três líderes do Hamas “têm responsabilidade criminal” por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
Tanto o presidente Joe Biden, do Partido Democrata, quanto seus adversários políticos criticaram duramente o anúncio de Khan, argumentando que o tribunal não tem jurisdição sobre o conflito de Gaza e levantando preocupações sobre o processo.
Os Estados Unidos não são membros do tribunal, mas apoiaram processos anteriores, incluindo a decisão do TBI, no ano passado, de emitir um mandado de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, pela guerra na Ucrânia.
“Ficaremos felizes de trabalhar com o Congresso, com este comitê, em uma resposta adequada” à decisão do TBI, afirmou Blinken nesta terça-feira.
Ele não disse o que uma resposta ao TBI poderia incluir.
(Reportagem de Humeyra Pamuk, Patricia Zengerle e Simon Lewis)
((Tradução Redação São Paulo))
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