Por Kate Abnett e Jake Spring e Elizabeth Piper
GLASGOW (Reuters) - A poucas horas do fim das conversações climáticas da ONU COP26 de duas semanas em Glasgow, o presidente da conferência pediu aos países que façam um esforço final para garantir compromissos que controlem o aumento das temperaturas que ameaça o planeta.
Um esboço do acordo final da COP26, divulgado na manhã de sexta-feira, exige que os países estabeleçam promessas climáticas mais duras no próximo ano --em uma tentativa de preencher a lacuna entre suas metas atuais e os cortes muito mais profundos que os cientistas dizem ser necessários nesta década para evitar mudanças climáticas catastróficas.
"Percorremos um longo caminho nas últimas duas semanas e agora precisamos daquela injeção final, daquele espírito de 'determinação' que está presente nesta COP, então temos esse esforço compartilhado", disse o presidente da COP26, o britânico Alok Sharma.
O objetivo geral da reunião é manter dentro do alcance a meta do Acordo de Paris de 2015 de limitar o aquecimento global em 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, o limite que os cientistas dizem que evitaria seus piores efeitos.
Sob as atuais promessas nacionais de reduzir as emissões nesta década, os pesquisadores afirmam que a temperatura mundial vai subir muito além desse limite, desencadeando aumentos catastróficos do nível do mar, secas, tempestades e incêndios florestais.
O novo esboço é um ato de equilíbrio --tentando atender às demandas das nações mais vulneráveis ao clima, como ilhas baixas, os maiores poluidores do mundo e países cujas exportações de combustíveis fósseis são vitais para suas economias.