WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, mostrou preocupação nesta sexta-feira com a escalada do confronto entre Israel e o grupo militante libanês Hezbollah, durante seu sexto telefonema com seu colega israelense em menos de uma semana, pedindo uma solução diplomática para a crise.
O foco de Austin na diplomacia ocorre depois de o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, ter falado sobre uma nova fase da guerra.
Israel anunciou nesta sexta-feira ter matado um importante comandante do Hezbollah e outras importantes figuras do movimento libanês durante ataque aéreo em Beirute.
O ataque é um complemento a dois dias de ataques contra o grupo, no qual pagers e walkie-talkies dos membros explodiram, matando 37 pessoas e ferindo milhares. Acredita-se que Israel tenha orquestrado a ação, mas o país não confirmou nem negou seu envolvimento.
O Pentágono disse em comunicado que Austin reiterou a Gallant “sua preocupação com a atual escalada entre Israel e o Hezbollah libanês”.
“O secretário enfatizou fortemente a importância de se chegar a uma resolução diplomática que permita que os residentes voltem em segurança para suas casas em ambos os lados da fronteira”, disse o Pentágono após o telefonema desta sexta.
Mais cedo, Gallant escreveu na rede social X: “A sequência das ações na nova fase continuará até que nosso objetivo seja alcançado: o retorno a salvo dos moradores do norte para as suas casas”.
Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas de ambos os lados da fronteira entre Israel e Líbano desde que o Hezbollah começou a lançar foguetes contra Israel em outubro, em demonstração de apoio aos palestinos da Faixa de Gaza, onde Israel e Hamas estão em guerra.
O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou nesta sexta-feira que não estava ciente de quaisquer notificações de Israel aos EUA antes do ataque em Beirute, acrescentando que os norte-americanos não devem viajar ao Líbano, e que devem deixá-lo se já estiverem lá.
Contudo, ele acrescentou: “A guerra não é inevitável. E continuaremos fazendo o que pudermos para tentar impedi-la”.
(Reportagem de Phil Stewart)