PEQUIM (Reuters) - A China se opõe firmemente a qualquer país que permita que o Dalai Lama faça visitas sob qualquer pretexto, disse porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China nesta quinta-feira.
Autoridades seniores do Departamento de Estado dos EUA e da Casa Branca se reuniram com o Dalai Lama em Nova York na quarta-feira e "reafirmaram o compromisso dos EUA com o avanço dos direitos humanos dos tibetanos", disse o Departamento de Estado.
Era esperado que o encontro com o líder espiritual exilado de 89 anos do budismo tibetano incomodasse a China, que o considera um separatista perigoso e se opõe que autoridades de qualquer país tenham contato com ele.
"A China fez protestos solenes aos EUA", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Mao Ning em um briefing de imprensa rotineiro. "Não permitimos que o Dalai Lama se envolva em atividades políticas separatistas nos EUA."
No mês passado, a China expressou forte oposição a uma lei dos EUA assinada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, que pressiona Pequim a resolver uma disputa sobre as demandas do Tibete por maior autonomia, e prometeu "defender firmemente" seus interesses.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que a "nomeação de um suposto coordenador especial para questões tibetanas constitui interferência em assuntos internos".
(Reportagem de Colleen Howe)