BOGOTÁ (Reuters) - A Colômbia emitiu novamente três alertas vermelhos para três importantes dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), anunciou o chefe de polícia do país nesta segunda-feira, pedindo a outros países membros da Interpol, incluindo a Venezuela, a prisão e extradição dos procurados.
Os chamados dissidentes das Farcs são membros da guerrilha desmobilizada que rejeitam um acordo de paz firmado em 2016 com o governo colombiano.
Os mandados internacionais de prisão foram emitidos para Hernán Dario Velásquez, conhecido como El Paisa; Henry Castellanos, conhecido como Romana, e José Vicente Lesmes, conhecido como Walter Mendoza.
Os três homens são membros de uma facção dissidente das Farc liderada por Luciano Marin, mais conhecido como Ivan Márquez.
Alertas vermelhos da Interpol foram emitidos para Márquez em agosto, e os Estados Unidos ofereceram 10 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
"Estamos procedendo com a reativação de mandados internacionais de prisão contra este grupo narcotraficante", disse o General Jorge Luis Vargas, diretor da polícia colombiana.
Márquez, que era um dos negociadores das Farc que assinou o acordo de paz com o governo, e outros líderes declararam sua rejeição ao acordo em 2019 e voltaram às armas.
Os líderes dissidentes enfrentam acusações de tráfico de drogas, terrorismo, homicídio, deslocamento forçado de pessoas e outros crimes contra a humanidade na Colômbia, disse Vargas.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)