FRANKFURT/BERLIM (Reuters) - O principal sindicato de comissários de cabine da companhia aérea alemã Lufthansa anunciou que entrará em greve de uma semana a partir de sexta-feira, depois que fracassaram as negociações de última hora entre funcionários e gestores sobre benefícios da aposentadoria antecipada.
"Sexta-feira será o primeiro dia da semana de greves", disse o sindicato de tripulantes UFO em comunicado nesta quinta-feira, acrescentando que a paralisação não ocorrerá antes das 9h (horário de Brasília) e que dará mais detalhes na manhã de sexta-feira.
A Lufthansa, que já sofreu um impacto de 130 milhões de euros no lucro por causa de greves até agora neste ano, disse que ainda não podia trabalhar em um novo cronograma de voos porque o sindicato não forncerá todos os detalhes da greve até sexta-feira.
"Com apenas algumas horas entre qualquer anúncio de greve e a paralisação dos funcionários, é provável que o efeito sobre os passageiros seja significativo porque a Lufthansa não tem chance de elaborar planos alternativos", afirmou.
As companhias aéreas do grupo Swiss, Austrian Airlines, Germanwings, Eurowings e Brussels Airlines não serão afetadas pela greve.
A Lufthansa afirmou na tarde desta quinta-feira que o sindicato tinha rejeitado uma proposta que atenderia a todas as demandas sindicais para empregados atuais, mas que introduziria um novo regime para novas contratações.
Uma das principais demandas do sindicato é que os funcionários atuais e futuros sejam tratados da mesma forma.
A companhia aérea está em negociação com vários sindicatos na tentativa de reduzir custos. As conversas sobre previdência e aposentadoria antecipada, em particular, têm enfrentado oposição de funcionários que desejam proteger suas pensões.
(Reportagem de Peter Maushagen e Victoria Bryan)