WASHINGTON (Reuters) - O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, se reuniu com o chefe da diplomacia da China, Yang Jiechi, em Luxemburgo nesta segunda-feira, com Sullivan fazendo um apelo para que Washington e Pequim mantenham suas linhas de comunicação abertas para administrar a competição, informou a Casa Branca.
A reunião acontece quando as relações entre China e Estados Unidos passam por momentos de tensão nos últimos meses, com as duas maiores economias do planeta discordando sobre tudo, de Taiwan e o histórico de direitos humanos da China às atividades militares no Mar do Sul da China.
"Essa reunião, que segue o telefonema entre eles no dia 18 de maio, incluiu discussões francas, substanciais e produtivas sobre uma série de questões de segurança global e regional, assim como questões importantes nas relações entre China e Estados Unidos", disse a Casa Branca em nota.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse no mês passado que os Estados Unidos poderiam se envolver militarmente caso a China ataque Taiwan, embora o governo tenha esclarecido que a política norte-americana sobre o assunto não mudou.
O governo chinês afirma que Taiwan, que tem governo próprio, pertence à China, e já prometeu retomar o território à força, caso seja necessário. Washington tem, há tempos, uma política de ambiguidade estratégica sobre se defenderia ou não Taiwan de forma militar.
No início do mês, a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse que Biden pediu à sua equipe que examine a opção de suspender algumas das tarifas sobre produtos chineses que foram estabelecidas pelo ex-presidente Donald Trump, como forma de combater a atual inflação alta.
(Reportagem de Kanishka Singh em Washington)