LONDRES (Reuters) - A disputa para liderar o Partido Trabalhista, derrotado na eleição britânica da semana passada, aumentou nesta quinta-feira, quando dois ex-parlamentares de destaque incluíram seus nomes entre os concorrentes ao comando da legenda.
O ex-líder do partido, Ed Miliband, renunciou na sexta-feira, afirmando que assumia a responsabilidade pela derrota na votação de quinta-feira, em que o partido foi praticamente varrido da Escócia e não conseguiu tirar assentos importantes na Inglaterra do Partido Conservador, do premiê reeleito David Cameron.
Nesta quinta-feira, Yvette Cooper, porta-voz de assuntos nacionais do partido, disse que vai concorrer à liderança, assim como Andy Burnham, porta-voz de saúde do partido. Ambos são considerados candidatos políticos peso-pesados.
Os trabalhistas disseram que pretendem anunciar seu novo líder em 12 de setembro, após um processo que já resultou numa batalha para mudar sua posição política.
O ex-líder Miliband foi responsabilizado por ter levado o partido muito à esquerda, o que fez figuras trabalhistas de destaque, incluindo o ex-primeiro-ministro Tony Blair, a dizer que a legenda deveria se voltar mais ao centro para conseguir vencer novamente.
O porta-voz comercial do partido, Chuka Umunna, e Liz Kendall, uma porta-voz de saúde, já declararam que também vão concorrer à liderança trabalhista.
(Reportagem de Andrew Osborn e Kylie MacLellan)