Por Robert-Jan Bartunek e John Irish
BRUXELAS/PARIS (Reuters) - Um diplomata do Irã foi preso com duas outras pessoas suspeitas de tramarem um ataque com bomba em uma reunião de um grupo opositor iraniano exilado na França à qual compareceu Rudy Giuliani, advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disseram autoridades belgas nesta segunda-feira.
Três outras prisões foram feitas na França, mas dois dos detidos foram soltos mais tarde.
Vários ex-ministros europeus e árabes também estiveram no encontro do Conselho Nacional de Resistência do Irã (NCRI), entidade sediada em Paris que reúne grupos opositores no exílio que buscam o fim do governo clerical xiita do Irã.
O ministro de Relações Exteriores iraniano classificou a notícia como uma "trama de bandeira falsa" sinistra e disse que Teerã está disposta a trabalhar com todas as partes envolvidas para esclarecer a questão.
Dois suspeitos foram interceptados na Bélgica pela polícia local no sábado com 500 gramas de TATP, um explosivo caseiro produzido com produtos químicos de fácil obtenção, além de um mecanismo de detonação encontrado em seu carro, informou um comunicado conjunto do procurador belga e dos serviços de inteligência.
O homem de 38 anos e a mulher de 33 anos, identificados somente como Amir S. e Nasimeh N., foram acusados de tentativa de assassinato terrorista e preparação de um ato terrorista, disse o comunicado.
O diplomata na embaixada iraniana em Viena, capital da Áustria, foi preso na Alemanha, ainda segundo o comunicado belga.