JERUSALÉM (Reuters) - Pelo menos dois foguetes da Síria atingiram as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, nesta terça-feira, e os israelenses devolveram os disparos, informaram os militares, nove dias depois de um ataque aéreo de Israel em solo sírio matar um general iraniano e vários guerrilheiros libaneses do grupo Hezbollah.
O porta-voz militar israelense disse que o Exército "reagiu com artilharia contra as posições que lançaram o ataque" e que ordenou a evacuação do resort de esqui Mt. Hermon, em Golã, após a queda dos projéteis.
Ninguém assumiu a autoria do atentado de imediato, nem houve relato de baixas.
"Não parece ter se tratado de tiros que se extraviaram", disse o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz dos militares israelenses, à Reuters.
No ataque aéreo contra um comboio do Hezbollah perto das Colinas de Golã em 18 de janeiro, um general da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammed Allahdadi, foi morto juntamente com um comandante do Hezbollah e o filho do falecido líder militar da facção, Imad Moughniyeh.
Tanto o Hezbollah, que é apoiado pelo Irã e enfrentou uma guerra de 34 dias com Israel em 2006, quanto os membros da Guarda Revolucionária juraram vingar as mortes.
Desde o ataque aéreo, soldados e civis no norte de Israel e nas Colinas de Golã estão em estado de alerta máximo e Israel colocou uma unidade interceptadora de foguetes do sistema defensivo Domo de Ferro perto da fronteira síria.
Israel capturou as Colinas de Golã da Síria na Guerra dos Seis Dias de 1967. Tiros de morteiro e foguetes atingiram o local várias vezes durante a guerra civil de quase quatro anos em andamento na Síria.
Israel declarou que alguns dos incidentes miraram seus soldados deliberadamente, e que outros foram disparos perdidos dos combates entre rebeldes e forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
(Por Jeffrey Heller)