WASHINGTON (Reuters) - Dois soldados norte-americanos a serviço na América do Sul contraíram o Zika vírus, mas já estão totalmente recuperados e de volta à rotina, enquanto uma terceira pessoa, grávida, deixou a região mais cedo por causa do temor de ser infectada pelo vírus, disse um comandante dos Estados Unidos nesta quinta-feira.
As infecções do Zika têm sido associadas a milhares de casos de má-formação cerebral em recém-nascidos, e o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti tem se espalhado rapidamente no Brasil e em outros países da América Latina e do Caribe.
Dois militares norte-americanos a serviço no Brasil e na Colômbia, os dois homens, tiveram a confirmação de terem contraído o Zika, afirmou o almirante Kurt Tidd, responsável pelo Comando Sul dos EUA.
"Os dois casos foram confirmados. Os casos foram resolvidos”, afirmou Tidd. “Os dois voltaram para o serviço.”
Uma terceira, grávida, acelerou o seu retorno para os Estados Unidos por causa do surto, declarou Tidd.
Os militares dos EUA têm discutido a erradicação do mosquito com militares na região e têm fornecido uma pequena quantidade de materiais, incluindo mosquiteiros, segundo Tidd.
Muito permanece desconhecido sobre o Zika, incluindo se o vírus causa a microcefalia, a má-formação craniana, em bebês.
Na quarta-feira, o Brasil disse que os casos confirmados de microcefalia aumentaram para 745 e que considera a maioria deles relacionada com a infecção do Zika nas mães. O país investiga mais 4.231 casos suspeitos.
Traços do Zika têm sido encontrados em fluidos corporais e tecidos de mães e bebês afetados pela microcefalia.
(Reportagem de Yeganeh Torbati)