Por James Mackenzie
CABUL (Reuters) - Uma dupla explosão em Cabul, capital do Afeganistão, matou pelo menos 25 pessoas nesta segunda-feira, incluindo oito jornalistas que foram ao local para relatar sobre a primeira detonação e aparentemente foram atacados por um homem-bomba, disseram autoridades.
Várias horas depois, um suicida em um veículo atacou forças militares estrangeiras na província de Kandahar, no sul do país, matando 11 crianças que estudavam em uma escola religiosa próxima, disse a polícia.
O Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos (AFJSC, na sigla em inglês) disse que oito jornalistas foram mortos em Cabul, o maior número de vítimas entre trabalhadores da mídia em um único ataque no país.
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelas duas explosões na capital, que, segundo o oficial da polícia de Cabul Hashmat Stanakzai, matou 25 pessoas e deixou 49 gravemente feridas.
Os ataques ocorreram uma semana depois que 60 pessoas foram mortas enquanto esperavam em um centro de registro de eleitores no oeste de Cabul, reforçando a situação de insegurança na capital apesar das repetidas promessas oficiais de reforçar a proteção.
Os jornalistas, incluindo uma mulher, eram todos afegãos e foram mortos na segunda explosão em Cabul enquanto esperavam em um cordão de segurança a várias centenas de metros de distância do local do primeiro ataque.
A segunda explosão ocorreu cerca de meia hora depois da primeira.
Entre os jornalistas mortos, sete eram de veículos afegãos: dois repórteres da TV Mashal, um cinegrafista e um repórter que trabalhavam para a 1TV, dois repórteres da Rádio Azadi e um da Tolo News, segundo o AFJSC.
A agência de notícias francesa Agence France-Presse disse que seu principal fotógrafo no Afeganistão, Shah Marai, foi morto no ataque.
Pelo menos cinco jornalistas também ficaram feridos. Um fotógrafo da Reuters ficou levemente ferido por estilhaços.