CAIRO (Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores do Egito criticou duramente a embaixada dos Estados Unidos no Cairo por aconselhar seus cidadãos a evitarem grandes agrupamentos na capital até domingo, classificando a medida como "injustificável".
Atualmente, a maior nação árabe do mundo está combatendo uma insurgência islâmica concentrada principalmente na Península do Sinai, e que se intensificou depois que os militares egípcios depuseram o presidente islâmico Mohamed Mursi em 2013 em decorrência de protestos em massa contra seu governo. Ataques ocasionais de militantes têm ocorrido no Cairo e em outras cidades.
A mensagem da embaixada dos EUA alertou para a presença em espaços públicos, como salas de concertos, cinemas, museus, centros comerciais e instalações esportivas, citando "potenciais temores de segurança", mas sem especificar quais seriam.
"O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores transmitiu seu aborrecimento com o alerta emitido pela embaixada dos Estados Unidos no Cairo aos norte-americanos", disse a pasta em um comunicado. "(Isto) desperta dúvidas sobre as razões de este comunicado ter sido divulgado de tal maneira".
(Reportagem de Ahmed Aboulenein)