PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - A eleição geral do Haiti, que estava marcada para o dia 7 de novembro, foi adiada depois que o primeiro-ministro demitiu o conselho que organiza as votações, que muitos do país sentiam ser partidário demais.
Ariel Henry prometeu nomear um novo conselho eleitoral (CEP) que disse que será apartidário e que agendará uma nova data para as eleições.
O premiê disse à CNN em uma entrevista divulgada nesta terça-feira que o processo de substituição do conselho começou e que haverá eleições depois de uma revisão constitucional nos "primeiros meses do próximo ano".
"Tomamos hoje a decisão de suspender este conselho eleitoral e formar outro, um que será mais consensual e um que será aceito por toda a sociedade", acrescentou.
A dissolução do conselho de nove membros, que era muito esperada e foi confirmada por um decreto publicado no diário oficial do país na segunda-feira, foi aprovada por alguns parlamentares que haviam expressado dúvidas sobre a legitimidade da composição até então vigente.
"Faremos com que o próximo CEP seja crível e legítimo", disse o político de oposição André Michel no Twitter.
O presidente Jovenel Moise nomeou o conselho eleitoral no ano passado para substituir um que não queria realizar o referendo constitucional que ele propôs.
Em julho ele foi assassinado, o que mergulhou o Haiti em uma crise constitucional ainda mais profunda e deixou o país sem presidente eleito ou Parlamento.
(Por Gessika Thomas)