Por Michelle Nichols
NAYPYITAW (Reuters) - A líder do governo de Mianmar, Aung San Suu Kyi, se encontrou nesta segunda-feira com enviados do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas por conta do destino de quase 700 mil pessoas, em maioria muçulmanas rohingyas, que fugiram para Bangladesh em meio a uma repressão militar, prometendo investigar quaisquer acusações verossímeis de abusos, disseram diplomatas que participaram do encontro.
Durante o encontro de quase uma hora de duração, Suu Kyi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, também destacou as dificuldades de Mianmar em fazer uma transição para o Estado de Direito após décadas de ditadura militar, disseram diplomatas, falando em condição de anonimato.
O porta-voz do governo civil de Mianmar, Zaw Htay, não estava imediatamente disponível para comentários.
O assessor de Segurança Nacional de Mianmar, Thaung Tun, disse que Suu Kyi sempre insistiu no Estado de Direito.
“Ela sempre disse que ninguém está acima da lei e nós pretendemos implementar isto. Ela disse aos membros do Conselho de Segurança para ‘por favor trazer à nossa atenção quaisquer infrações destas leis e nós iremos fazer o que for necessário para tomar ação’”, disse Tun à Reuters nesta segunda-feira após o encontro.
Mais cedo neste mês, Suu Kyi – marcando dois anos desde que seu partido chegou ao poder em uma votação histórica – disse em discurso televisionado que Mianmar está “lutando para desenvolver política, sociedade e economia”.