Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) - Dois jornalistas equatorianos e seu motorista, que foram sequestrados no mês passado por insurgentes colombianos, foram mortos, disseram nesta sexta-feira os líderes dos dois países, prometendo justiça.
“Infelizmente, nós temos informação que confirma o assassinato de nossos compatriotas”, disse o presidente do Equador, Lenín Moreno, na TV estatal. “Parece que estes criminosos jamais planejaram devolvê-los em segurança.”
Na quinta-feira, Moreno deu ao grupo, formado por ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia que se recusaram a desmobilizar sob acordo de paz no ano passado com o governo colombiano, 12 horas para provar que os reféns estavam vivos ou iriam enfrentar uma operação militar.
Moreno retornou ao Equador na quinta-feira de uma cúpula regional após relatos de que o repórter Javier Ortega, o fotógrafo Paul Rivas e o motorista Efrain Segarra foram mortos.
Na quarta-feira, um comunicado aparentemente emitido pelo grupo Oliver Sinisterra – uma facção de ex-guerrilhas das Farc que se recusaram a aderir ao acordo de paz de 2016 – relatou que os equatorianos haviam morrido em uma operação de resgate fracassada.
A Colômbia negou qualquer tentativa de resgate.
Os jornalistas e o motorista estavam trabalhando para o jornal El Comercio, sediado em Quito, na fronteira entre o Equador e a Colômbia quando foram sequestrados em 26 de março.
Uma fotografia divulgada pouco após o sequestro mostrava os homens acorrentados pelos pescoços.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, prometeu total cooperação com o Equador e disse que operações haviam começado contra rebeldes em ambos os lados da fronteira.
“As Farc não existem mais... Estes são criminosos dedicados ao tráfico de drogas”, disse na cúpula em Lima. “Eles irão sentir a força total da lei e de nossas Forças Armadas”.