BRASÍLIA (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou neste sábado que a expectativa é que as forças de segurança do governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, permitam a entrada em breve dos dois primeiros caminhões com a ajuda humanitária que partiu de Boa Vista, capital de Roraima, em direção ao país vizinho.
Na véspera, o Brasil reafirmou que vai manter a operação de entrega de ajuda humanitária à Venezuela através da fronteira brasileira neste sábado e nos próximos dias, mesmo com a anunciadaa anteriormente por Maduro de bloquear a passagem de pessoas e caminhões na localidade.
“A expectativa é que as forças que controlam a fronteira permitam o acesso dos caminhões”, disse Araújo, em entrevista coletiva neste sábado pela manhã em Pacaraima, cidade brasileira próxima à fronteira.
Na entrevista coletiva com a participação da embaixadora no Brasil do governo autoproclamado de Juaan Guaidó, Maria Teresa Belandria, e encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, William Popp, o chanceler brasileiro ressaltou que a ajuda humanitária é exclusivamente humanitária e que não se trabalha com a perspectiva de que haja qualquer conflito na fronteira.
“Não há menor expectativa de conflito, claro que o Exército está preparado (para agir) caso isso possa se materializar”, ressalvou o ministro das Relações Exteriores, ao destacar ter recebido notícias de que na fronteira da Venezuela com a Colômbia o forças de segurança naquela região permitiram a entrada da ajuda humanitária.
Araújo disse que a primeira ajuda humanitária consiste em 2 caminhões dirigidos por venezuelanos, com medicamentos que não precisam de refrigeração e alimentos não perecíveis.
(Reportagem de Ricardo Brito)