📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

ESTREIA–“Jurassic World” decepciona ao repetir fórmula do filme original

Publicado 10.06.2015, 16:57
© Reuters. Ator Chris Pratt durante estreia mundial do filme "Jurassic World" em Hollywood

SÃO PAULO (Reuters) - Pouco depois do começo de "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros", um personagem secundário diz: "Mas o primeiro era mais legal". Ele se refere ao parque temático – cenário dos filmes dos anos 1990 – mas poderia muito bem se referir à própria série.

Lançado em 1993, quando os efeitos visuais estavam longe da excelência de hoje, e sob a direção de Steven Spielberg (aqui atuando apenas como produtor executivo), o original impressionava ao dar vida a dinossauros assustadores.

Aqui, apesar da evolução dos efeitos ou, então, por causa das duas sequências fracas feitas antes dele, o filme resulta em algo um tanto enfadonho, cuja energia acaba mesmo antes da metade.

Claro que há criaturas novas e mais gigantescas, mas estão servindo ao mesmo propósito de mais de 20 anos atrás – ou seja, nada de novo sob o sol. O filme, em si, materializa o mesmo dilema da série: a necessidade e a impossibilidade de se reinventar.

O novo parque – agora chamado de Jurassic World – vai relativamente bem, mas dá sinais se cansaço com o público estagnado. Isso preocupa mais a diretora do local, Claire (Bryce Dallas Howard), do que o dono, Masrani (Irrfan Khan), que diz se importar apenas com a diversão dos visitantes e o bem-estar dos animais, o lucro é o de menos – mais tarde, irá se revelar um hipócrita, enfim.

Para renovar o interesse pelo parque, uma equipe de cientistas produz uma nova espécie, resultado de cruzamentos de DNA, que geram a grande estrela do show, a Indominus Rex, uma espécie de super-tiranossauro rex ainda maior e mais agressivo.

Não é preciso estudar engenharia genética para saber que vai dar errado. A nova criatura ainda não foi apresentada ao público. O único contato que teve até hoje foi com uma grua que, de tempos em tempos, joga pedaços de carne para ela, em sua área fechada do parque.

O elenco humano também inclui Owen (Chris Pratt, ainda aproveitando o status de herói adquirido com "Guardiões da Galáxia"), um ex-membro da Marinha que se tornou uma espécie de "encantador de dinos", capaz de travar uma relação de confiança com um quarteto de velociraptors, criados em cativeiro – e, apesar do tamanho, as criaturas mais inteligentes do filme.

Em todo caso, Pratt tem mais sorte do que Bryce, cuja personagem passa a primeira metade do filme como a executiva arrumadinha e chata, e a segunda como a chata descabelada que precisa ser salva a todo momento.

Além disso, também precisa salvar o par de sobrinhos adolescentes, interpretados por Nick Robinson e Ty Simpkins, que além da viagem, onde nunca têm atenção da tia, precisam lidar com o divórcio iminente dos pais, que ficaram em casa – um tema caro a Spielberg.

Já o vilão é interpretado por Vincent D'Onofrio , um sujeito que vê potencial militar nos dinossauros e pretende usá-los como uma arma para acabar com todas as armas.

Dirigindo seu segundo longa, Colin Trevorrow se aproxima mais do filme original, ao colocar dois irmãos como as vítimas em potencial e uma pessoa que descobre os instintos parentais – Bryce aqui, Sam Neil, no original – diante da ameaça dos dinossauros.

Ainda assim, por mais que as criaturas sejam "divertidas" não são suficientes para segurar o interesse por mais de duas horas.

Dessa forma, "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" tem muito pouco a dizer e quase nada a impressionar – no quesito efeitos visuais, uma dezena de filmes já se mostraram superiores nos últimos anos, basta pensar em todos da série "Senhor dos Anéis", "Avatar" e novos "Planeta dos Macacos".

© Reuters. Ator Chris Pratt durante estreia mundial do filme "Jurassic World" em Hollywood

No quesito da humanidade, "Mad Max: Estrada da Fúria", outro blockbuster da temporada, também se mostrou bem mais sofisticado e complexo. O que sobra aqui é algo meio sub-Godzila – que proporciona uma certa diversão pela destruição, mas que logo passa e fica apenas um vazio.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.